quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Acessibilidade & Inclusão


#PraCegoVer : Página cor laranja de um livro em braile, com a mão de uma pessoa lendo, e na mesma página o texto impresso em letras brancas, acompanhando o texto em braile.

Imagem copiada da internet.

Conhecer esse "mundo novo" que contempla a acessibilidade para todos, independente de possuir ou não qualquer limitação tem sido enriquecedor.
Pensar que a vida fora da bolha permite-nos observar que todos somos seres humanos e cada um é um ser em si, com suas qualidade e defeitos, competências, habilidades, medos e necessidades.
Acho que a acessibilidade é sinônimo de "abraçar o mundo" e com ele todas as pessoas, pois, pensar esse mundo para todos é o que motivará uma evolução da humanidade.
Lembro da primeira vez que escutei a expressão "desenho universal". Foi como se um véu caísse e mostrasse um mundo cheio de possibilidades. Por que criar objetos para situações específicas, se esse mesmo objeto pode ser pensado para uso de todos?
Com tantas mentes brilhantes nas áreas de arquitetura de design, não era de se esperar menos que idéias que iriam revolucionar a vida de tantas pessoas.
A imagem acima ilustra isso: um livro que pode ser usado por pessoa cega ou com visão reduzida, pois tem a fonte de tamanho ampliado.
Esse aspecto da acessibilidade tem seu foco no acesso físico, mas que proporciona uma democratização do que antes era inacessível para algumas pessoas.

sábado, 24 de setembro de 2016

A pessoa com deficiência na minha história de vida

Olá!
Neste primeiro post gostaria de falar um pouco da minha experiência de vida relacionada a pessoas com deficiência.
Na infância convivi com uma prima que nasceu surda. Nossos encontros se davam basicamente nas férias, devido ela morar em outra cidade.
Sempre era uma alegria estar perto dela e descobrir formas de comunicação. Até hoje, quando temos oportunidade, temos altos papos, com o que já tive oportunidade de aprender de Libras.
Com o tempo, não tive tanto contato com outras pessoas com deficiência, porém, quando entrei na faculdade, tive conhecimento de um bibliotecário cego que acabara de se formar. Isso foi de um encantamento enorme para mim. Imaginem.. um bibliotecário cego! Pelo que sei, ele atua numa biblioteca pública, com acervos especiais, principalmente braile e audiovisuais.
Depois de formada, convivi com um professor da minha antiga instituição que é surdo. Ele inclusive ministrou o primeiro curso de Libras do qual participei. No começo, pensei que não seria viável, que eu teria dificuldade, mas o curso fluiu de uma forma tão tranquila e o aprendizado foi fantástico.
Um fato engraçado: no final do curso, eu esperava que ele fosse olhar para a turma e começar a falar, dizer que escutava tudo que falávamos e talss... mas isso não ocorreu, porque ele é realmente surdo.
É claro que eu não me tornei uma especialista em Libras, mais pelo fato de praticar muito pouco.
Ainda no tocante a vida profissional, sempre me preocupou muito a falta de acessibilidade que observamos nas diversas áreas da sociedade. Sempre tive o cuidado de apontar as fragilidades que podem impedir o acesso de pessoas com baixa mobilidade... aquelas pequenas falhas no piso que podem custar um grande esforço a um cadeirante, por exemplo.
Hoje vivencio um grande dilema com relação a minha atuação profissional. Atualmente há um aluno cego no Câmpus que trabalho e vejo a necessidade, como setor, de estar disponível para atender suas necessidades. Esse foi um dos motivos pelos quais me inscrevi no curso IFSP para tod@s.
Já tive oportunidade de conhecer o setor de atendimento a pessoa com deficiência da Biblioteca da UFSC. Sem dúvida é uma instituição de referência nesse campo, que abraçou essa causa. Eles desenvolvem material didático para os alunos com baixa visão e cegos, dão apoio às suas necessidades informacionais, contam com equipamentos destinados a diversas necessidade e até realizam reuniões de confraternização com seus usuários.
Diante dos desafios que se apresentam para todos os membros do IFSP, para garantir uma educação Para Tod@s! caberá a cada um de nós desenvolver as ferramentas, metodologias e técnicas que farão esta instituição ser cada vez mais inclusiva.